Um oficial dos Estados Unidos que se via no dever cristão de amar seu inimigo em vez de matá-lo foi dispensado das Forças Armadas, de acordo com uma entidade de direitos civis.

O capitão Peter Brown, que serviu no Iraque por mais de um ano e havia se graduado na prestigiosa academia militar de West Point, disse em nota emitida pela União de Nova York para as Liberdades Civis -- NYCLU (sigla em inglês) que estava aliviado pelo fato de o Exército ter reconhecido que suas crenças eram incompatíveis com o serviço militar.

"Ao seguir o exemplo de Jesus, eu não poderia ter disparado minha arma contra outro ser humano, mesmo que ele estivesse atirando em mim", declarou Brown, que pretende continuar estudando no seminário que começou a cursar por correspondência ainda no Iraque, onde fazia a triagem de insurgentes e presos, segundo a NYCLU.

Fé, amor ao próximo e carreira militar

Brown disse que não havia conflito entre sua fé e a carreira militar até que ele se formasse em West Point, em 2004, e começasse a estudar a Bíblia e suas crenças.

Durante sua passagem pelo Iraque, ele pediu dispensa por ser objetor de consciência, pedido que foi negado, segundo a entidade. Em julho de 2007, a NYCLU e a União Norte-americana para as Liberdades Civis pediu a um tribunal federal de Washington que concedesse a dispensa honrosa ao capitão.

"Antes que a corte agisse, o Exército reconsiderou a questão, desta vez cedendo ao pedido de Brown", disse a NYCLU, que decidiu não arquivar o processo.

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Eginoaldo

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