O deputado federal Givaldo Carimbão (PSB-AL), decidiu romper o silêncio corporativo que marca a relação entre os políticos. Na sessão na Câmara Federal ele não mediu os termos para acusar seu colega de Parlamento, o senador baiano eleito pelo ES, Magno Malta (PR), cantor gospel e pastor da Igreja Universal.

O alagoano acusou o senador de agir de modo arbitrário e abusivo na condução da CPI da Pedofilia, visando lucros políticos para sua reeleição.

Ao citar o caso ocorrido na cidade de Arapiraca em Alagoas, onde um padre foi preso acusado de abusar sexualmente de menores de idade, o deputado citou a ilegalidade e arbitráriedade da prisão dos religiosos.

Segundo o deputado, a condução do caso pelo senador foi um verdadeiro show de pirotecnia, mal disfarçado de CPI da Pedofilia.

"Afirmo que o ocorrido em Arapiraca não foi apenas um espetáculo deprimente, mas um ato irresponsável, imoral, indecente e inconsequente conduzido pelo senador Magno Malta", disse em discurso proferido na Câmara.

O deputado que é de família tradicionalmente católica em Alagoas, completa dizendo que parabeniza a criação da CPI da Pedofilia, que tem todo o seu apoio. "Não comungo, jamais, com esse crime. Porém, um crime não dá o direito a se cometerem atos arbitrários."

Carimbão disse que o senador infringi, constantemente, o regimento interno do Senado, que determina em seu artigo 180, que as comissões da Casa precisam contar com a presença, no mínimo, da maioria de seus membros.

Em todas as audiências Magno tem ido só. Só ele aparece na TV, afinal, é esse o objetivo, não fazer justiça.

O deputado vai além: O artigo 148 & 1º, determina que a CPI poderá tomar depoimento de testemunhas ou autoridades desde que estejam presentes o presidente e o relator da CPI.

Por fim, o artigo 147 reza que estando ausente o relator, a qualquer ato do inquérito, o presidente poderá designar um substituto para a ocasião, mantida a mesma representação partidária.

Mas isso não interessa a Magno Malta. Ele não quer dividir os holofotes com ningúem. (Leia pronunciamento na íntegra no final da matéria)

O sentimento do parlamentar alagoano é o mesmo de religiosos capixabas. Padres de Nova Venécia a Cachoeiro no ES tem incluído em seus sermões críticas ao uso eleitoreiro e oportunista do tema pedofilia, com críticas diretas ao senador, cantor gospel e membro da Igreja Universal.

"Os padres não estão usando meias palavras para tentar banir do cenário político o senador gospel", afirmou um deputado do ES, que disse ter sido distribuída uma carta assinada por bispos com recomendações expressas contra o senador.

Fonte: EsHoje

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Eginoaldo

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