"Usar recém-nascidos para passar a idéia de que o homossexualismo é uma característica nata dos bebês é um ato vergonhoso", disse o deputado Luca Volonté. Veja a imagem.
O governo da região Toscana causou polêmica na Itália ao lançar uma campanha com uma foto fora de foco de um bebê recém-nascido que tem na mão esquerda uma pulseira com a palavra homossexual ao invés do nome e a frase "Orientação sexual não é uma escolha". Veja a imagem no fim da notícia.
Lideranças gays apóiam a iniciativa, mas políticos da direita italiana descreveram a campanha como fascista.
"Queremos combater a discriminação contra gays, lésbicas e transexuais, dizendo que a origem da homossexualidade, seja ela genética ou social, não é uma escolha", afirmou Alessio de Giorgi, conselheiro da Região Toscana Contra a Discriminação Sexual, em entrevista à BBC Brasil.
"Usamos a imagem de um bebê para que as mães possam levar em consideração a possibilidade de que os filhos que carregam no ventre podem ser homossexuais", acrescentou. "É importante que as mães pensem numa educação sem preconceitos, para evitar problemas afetivos ou eróticos futuros."
De Giorgi diz que esse não é um projeto isolado. Ele lembra que a região da Toscana, onde está a cidade de Florença, foi a primeira na Itália a aprovar uma lei, em 2004, contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.
"Quase evangélica"
"A nova campanha contra a discriminação sexual e a homofobia está na vanguarda no panorama da defesa dos direitos humanos de qualquer cidadão", afirmou Aurelio Mancuso, presidente da Associação Nacional dos Gays Italianos.
"Lutar contra a homofobia para superar os muros ideológicos é sinal de uma sociedade mais justa, serena e pacífica", disse Mancuso. "A mensagem é quase evangélica e será um dever moral e ético de cada bom cristão saber que as pessoas nascem e não se tornam homossexuais."
Contrário ao material publicitário, o senador Massimo Polledri, da Liga Norte (partido da extrema-direita), pediu que a região Toscana retire imediatamente todo o material de comunicação, que considera uma propaganda semelhante a adotada pelo regime fascista.
"Usar recém-nascidos para passar a idéia de que o homossexualismo é uma característica nata dos bebês é um ato vergonhoso", disse o deputado Luca Volonté.
A parlamentar Isabella Bertolini protestou com argumentos semelhantes. "Para afirmar um modelo alternativo de sociedade, em que predomina a indeterminação sexual, a região da Toscana não hesita em utilizar um recém-nascido de modo instrumental e ideológico."
Mancuso, no entanto, defende que toda a Itália siga o exemplo da Toscana em suas campanhas de comunicação.
Franco Grillini, deputado socialista e presidente honorário da Associação Nacional dos Gays Italianos, também é favorável ao governo toscano.
O governo da região Toscana causou polêmica na Itália ao lançar uma campanha com uma foto fora de foco de um bebê recém-nascido que tem na mão esquerda uma pulseira com a palavra homossexual ao invés do nome e a frase "Orientação sexual não é uma escolha". Veja a imagem no fim da notícia.
Lideranças gays apóiam a iniciativa, mas políticos da direita italiana descreveram a campanha como fascista.
"Queremos combater a discriminação contra gays, lésbicas e transexuais, dizendo que a origem da homossexualidade, seja ela genética ou social, não é uma escolha", afirmou Alessio de Giorgi, conselheiro da Região Toscana Contra a Discriminação Sexual, em entrevista à BBC Brasil.
"Usamos a imagem de um bebê para que as mães possam levar em consideração a possibilidade de que os filhos que carregam no ventre podem ser homossexuais", acrescentou. "É importante que as mães pensem numa educação sem preconceitos, para evitar problemas afetivos ou eróticos futuros."
De Giorgi diz que esse não é um projeto isolado. Ele lembra que a região da Toscana, onde está a cidade de Florença, foi a primeira na Itália a aprovar uma lei, em 2004, contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero.
"Quase evangélica"
"A nova campanha contra a discriminação sexual e a homofobia está na vanguarda no panorama da defesa dos direitos humanos de qualquer cidadão", afirmou Aurelio Mancuso, presidente da Associação Nacional dos Gays Italianos.
"Lutar contra a homofobia para superar os muros ideológicos é sinal de uma sociedade mais justa, serena e pacífica", disse Mancuso. "A mensagem é quase evangélica e será um dever moral e ético de cada bom cristão saber que as pessoas nascem e não se tornam homossexuais."
Contrário ao material publicitário, o senador Massimo Polledri, da Liga Norte (partido da extrema-direita), pediu que a região Toscana retire imediatamente todo o material de comunicação, que considera uma propaganda semelhante a adotada pelo regime fascista.
"Usar recém-nascidos para passar a idéia de que o homossexualismo é uma característica nata dos bebês é um ato vergonhoso", disse o deputado Luca Volonté.
A parlamentar Isabella Bertolini protestou com argumentos semelhantes. "Para afirmar um modelo alternativo de sociedade, em que predomina a indeterminação sexual, a região da Toscana não hesita em utilizar um recém-nascido de modo instrumental e ideológico."
Mancuso, no entanto, defende que toda a Itália siga o exemplo da Toscana em suas campanhas de comunicação.
Franco Grillini, deputado socialista e presidente honorário da Associação Nacional dos Gays Italianos, também é favorável ao governo toscano.
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