Everson Guimarães: Ex-faxineiro preso e Ex-funcionário da pensão de Anderson Batista,ele diz ter recebido cinco envelopes com dinheiro do padre Júlio Lancellotti.
Everson dos Santos Guimarães, um dos acusados de extorquir o padre Júlio Lancellotti, se diz vítima de uma injustiça. “O padre diz que eu pegava dinheiro há 3 anos, mas é mentira.” Preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 do Belém, Guimarães viveu ontem um dia de celebridade. Foram oito entrevistas. Desde a megarrebelião do PCC, em maio de 2006, a Secretaria da Administração Penitenciária vetava a entrada de equipes de reportagem nos presídios. Abaixo, os principais trechos da conversa com o Estado.
Quando você começou a trabalhar na pensão do Anderson e qual a sua função?
Comecei lá em 17 de abril deste ano. Ganhava R$ 400 por mês para fazer faxina.
Como você conheceu o Anderson?
Morava com meu irmão na (avenida) Celso Garcia e ele me falou sobre a vaga de faxineiro na pensão do Anderson.
Quantas vezes você buscou envelopes com o padre Júlio e onde ocorriam os encontros?
Cinco vezes, era sempre o padre que marcava. Me encontrava em frente da igreja do Belém e na própria Rua Belém.
Como eram feitos os pagamentos?
Em envelopes e bastante dinheiro. Na primeira vez, o padre me entregou R$ 15 mil. Outras duas vezes foram R$ 10 mil. Também teve um de R$ 5 mil e o último de R$ 2 mil.
Abria os envelopes para conferir?
Não. O padre dizia quanto era, e eu levava para o Anderson.
Você já conhecia o padre Júlio?
Pessoalmente não. Eu já morei na rua e sabia quem ele era. Mas nunca recebi qualquer tipo de ajuda dele.
Você nunca desconfiou da entrega de tanto dinheiro?
Achava muito estranho, mas tinha medo de perder o emprego. Por isso não falava nada.
Se achava que havia algo errado, por que não questionou o padre?
Falei uma vez que não era certo tirar dinheiro das criancinhas para dar ao Anderson. Ele me deu um tapa na orelha.
Qual era a relação do Anderson com o padre?
Ele gostava do Anderson, tratava ele bem e eu mal.
Alguma vez você ameaçou o padre ou pediu dinheiro para ele?
Jamais fiz isso.
Então por que ele te acusa?
Ele está sendo injusto. Diz que eu pegava dinheiro com ele há 3 anos e é mentira.
O Anderson é homossexual?
(Risos). Eu não sou. Se ele é eu não sei.
Fonte: O Estado de São Paulo
Everson dos Santos Guimarães, um dos acusados de extorquir o padre Júlio Lancellotti, se diz vítima de uma injustiça. “O padre diz que eu pegava dinheiro há 3 anos, mas é mentira.” Preso no Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 do Belém, Guimarães viveu ontem um dia de celebridade. Foram oito entrevistas. Desde a megarrebelião do PCC, em maio de 2006, a Secretaria da Administração Penitenciária vetava a entrada de equipes de reportagem nos presídios. Abaixo, os principais trechos da conversa com o Estado.
Quando você começou a trabalhar na pensão do Anderson e qual a sua função?
Comecei lá em 17 de abril deste ano. Ganhava R$ 400 por mês para fazer faxina.
Como você conheceu o Anderson?
Morava com meu irmão na (avenida) Celso Garcia e ele me falou sobre a vaga de faxineiro na pensão do Anderson.
Quantas vezes você buscou envelopes com o padre Júlio e onde ocorriam os encontros?
Cinco vezes, era sempre o padre que marcava. Me encontrava em frente da igreja do Belém e na própria Rua Belém.
Como eram feitos os pagamentos?
Em envelopes e bastante dinheiro. Na primeira vez, o padre me entregou R$ 15 mil. Outras duas vezes foram R$ 10 mil. Também teve um de R$ 5 mil e o último de R$ 2 mil.
Abria os envelopes para conferir?
Não. O padre dizia quanto era, e eu levava para o Anderson.
Você já conhecia o padre Júlio?
Pessoalmente não. Eu já morei na rua e sabia quem ele era. Mas nunca recebi qualquer tipo de ajuda dele.
Você nunca desconfiou da entrega de tanto dinheiro?
Achava muito estranho, mas tinha medo de perder o emprego. Por isso não falava nada.
Se achava que havia algo errado, por que não questionou o padre?
Falei uma vez que não era certo tirar dinheiro das criancinhas para dar ao Anderson. Ele me deu um tapa na orelha.
Qual era a relação do Anderson com o padre?
Ele gostava do Anderson, tratava ele bem e eu mal.
Alguma vez você ameaçou o padre ou pediu dinheiro para ele?
Jamais fiz isso.
Então por que ele te acusa?
Ele está sendo injusto. Diz que eu pegava dinheiro com ele há 3 anos e é mentira.
O Anderson é homossexual?
(Risos). Eu não sou. Se ele é eu não sei.
Fonte: O Estado de São Paulo
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