CARACAS - A Igreja Católica na Venezuela acusou o presidente Hugo Chávez na sexta-feira de tentar aumentar seu poder com uma proposta "autoritária" de reformar a Constituição para extinguir os limites de mandatos.

O plano de reforma de Chavez, que será votado em um referendo em dezembro, também inclui permitir que as forças de segurança detenham venezuelanos sem acusações formais durante "emergências" políticas ou grandes desastres naturais.

As pesquisas mostram que Chávez deve vencer o referendo porque a proposta engloba ainda ações populares, como a redução da carga de trabalho e a ampliação de benefícios de previdência a camelôs.

Em uma carta aberta aos venezuelanos, a Igreja pediu aos votantes que avaliem com cuidado "a difícil decisão" em dezembro.

"A reforma foi apresentada como se fosse uma ferramenta para dar mais poder às pessoas... ela oferece uma jornada de trabalho reduzida e dá previdência social com altos rendimentos a trabalhadores informais", disse a Conferência Episcopal, maior órgão da Igreja Católica na Venezuela.

"No entanto, ela acentua a concentração de poder nas mãos do presidente e favorece o autoritarismo."

Chávez quer acabar com o limite de mandatos para a presidência, mas não para qualquer outro cargo público.

A Igreja é uma das poucas instituições independentes na Venezuela e repetidamente se confronta com Chávez desde que ele assumiu o poder, em 1999.

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Eginoaldo

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