O aumento no número de casos de Aids nos países da América Latina pode ser atribuído, pelo menos em parte, à forte influência da Igreja Católica nas nações do continente. A posição foi defendida na segunda-feira por um dos chefes do programa de combate à doença da Organização das Nações Unidas (ONU). Há cerca de 1,7 milhão de pessoas com Aids ou o vírus HIV nos países latino-americanos, informa a organização.

"O uso dos preservativos foi demonizado na América Latina. Se eles fossem usados em todas as relações sexuais, é claro que a epidemia estaria resolvida nessa região", disse Alberto Stella, coordenador do Unaids em Honduras, Nicarágua e Costa Rica. Conforme ele, a epidemia cresce rapidamente na região: em 2006, foram 410.000 novos casos -- salto considerável em relação aos 320.000 novos casos registrados em 2004.

"O fato de jovens latino-americanos iniciarem suas vidas sexuais entre os 15 e 19 anos sem educação sexual também contribui para a epidemia. A abstinência não está funcionando", ressaltou Stella, em referência à política da Igreja de pedir que os jovens não pratiquem sexo antes do casamento. Apesar de ser a maior nação católica do continente, o Brasil distribui preservativos gratuitamente para combater o contágio do HIV.

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Eginoaldo

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