População foi orientada a não tocar em objetos estranhos.
Autoridades temem que ocasião seja usada para a realização de atentados.

A comunidade muçulmana da Índia celebrou neste domingo (14) a festividade de Eid ul-Fitr, que lembra o final do Ramadã, entre fortes medidas de segurança para evitar tumultos.

Foto: B Mathur/Reuters

Muçulmanos celebram o fim do Ramadã em Nova Déli, na Índia (Foto: B Mathur/Reuters )

Milhares de devotos foram à Jama Masjid, a grande mesquita de Nova Déli e uma das maiores da Índia, para assistir às orações especiais do Eid ul-Fitr, enquanto instruções de segurança soavam pelos alto-falantes do templo.

"Foram feitos anúncios para pedir que os devotos não toquem em qualquer objeto suspeito", disse um dos responsáveis da mesquita, Ahmed Bukhari, citado pela agência indiana "PTI".


Na última quinta-feira, duas pessoas morreram e nove ficaram feridas quando uma bomba explodiu em um santuário islâmico na cidade de Ajmer (noroeste), enquanto milhares de devotos estavam reunidos para o iftar, o momento a partir do qual os muçulmanos podem comer após o jejum diário estabelecido pelo Ramadã.

Atentados

Em 25 de agosto, 42 pessoas morreram em outro atentado cometido na cidade de Hyderabad, coração muçulmano do Islã no sul da Índia.

Devido aos últimos ataques, as autoridades intensificaram hoje as medidas de segurança ao redor dos centros religiosos como a Jama Masjid, que esteve cercada por agentes que controlavam a situação posicionados nos terraços de edifícios próximos.

Também foram instaladas câmeras de vigilância na mesquita para acompanhar o movimento dos devotos no interior do recinto, disse Bukhari.

As orações ocorreram em um ambiente festivo. As lojas das ruas em torno da mesquita estavam cheias de cidadãos em busca de presentes para dar a seus parentes e conhecidos por ocasião da festividade.

As celebrações do Eid ul-Fitr ocorreram em toda a Índia, onde mais de 140 milhões de pessoas (cerca de 13% dos 1,1 bilhão de habitantes do país) professam a religião islâmica, o que torna a nação a segunda com a maior comunidade muçulmana, atrás apenas da Indonésia.

Na conflituosa região da Caxemira, que a Índia disputa com o Paquistão, a festa foi celebrada por milhares de pessoas sem que fossem reportados tumultos.

http://g1.globo.com/
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Eginoaldo

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