Uma mulher de 25 anos foi presa em Ouro Preto (99 km de Belo Horizonte) suspeita de ter matado uma adolescente de 13 anos e seqüestrado outras duas meninas, que também seriam mortas em rituais de magia. Um homem também de 25 anos, companheiro dela, está foragido.
Segundo a polícia, a mulher disse que foi orientada por uma vidente a sacrificar as crianças para conseguir engravidar.
A denúncia foi feita pelo irmão do foragido, que viu o casal com as duas meninas e comunicou o fato à Polícia Militar na quarta-feira (12). As garotas são irmãs, têm dez e 11 anos e moram perto do casal.
O delegado seccional de Ouro Preto, Flávio Tadeu Destro, disse que quando a polícia chegou na casa do casal encontrou as duas meninas sem roupas, sendo ameaçadas pelo homem com uma faca.
A mulher foi presa em flagrante por cárcere privado e também responderá por homicídio. O homem conseguiu fugir, mas a Polícia Civil já pediu a prisão preventiva dele. Até essa sexta-feira, ele continuava foragido.
Destro afirmou que as meninas foram submetidas a exames e ficou constatado que não sofreram nenhum tipo de agressão. Elas foram entregues à mãe, que ainda não havia comunicado à polícia o desaparecimento das filhas.
As irmãs ficaram em poder do casal --ele é pedreiro e ela trabalha como empregada doméstica-- por oito horas.
Em depoimento, de acordo com a polícia, a mulher disse que há dois meses matou uma adolescente de 13 anos e depois a queimou. Ela disse que foi orientada a cometer o crime por uma vidente, que disse que ela só conseguiria ter um filho após matar uma criança.
Segundo Destro, o corpo carbonizado da garota foi encontrado, mas a polícia ainda fará exames de DNA para confirmar a identidade da vítima.
Como a mulher continuava com dificuldade para engravidar, o casal iria repetir o ritual e matar as outras duas crianças, segundo o delegado.
Destro disse ainda que a polícia está à procura da vidente que deu as orientações ao casal. Ela mora em outra cidade e deu um nome falso. Segundo ele, os nomes dos suspeitos não foram divulgados para não atrapalhar as investigações.
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