A Policia Civil de Sinop, em Mato Grosso, finaliza nos próximos dias o inquérito que apura as denúncias de corrupção de menor contra o padre da Igreja Católica Jair Todescatt, 37 anos, pároco da Paróquia São Cristovão. "Estamos em fase conclusiva do inquérito, aguardamos apenas o laudo pericial de conjunção carnal e ato libidinoso. O padre era namorado de uma menina com 15 anos. Eles mantinham um relacionamento amoroso. A menor freqüentava a igreja e o padre era pároco da comunidade", declarou o delegado responsável pelo caso, Thormires Haroldo Pinto Godoy.
O padre Todescatt foi afastado de suas funções no dia 19 de outubro. Segundo o delegado, a denúncia partiu dos pais da menina, que procuraram a policia e o Ministério Público Estadual (MPE). Godoy ressaltou que pelo depoimento das testemunhas está configurado que houve corrupção de menor.
No interrogatório, o padre desmentiu as denúncias. "Jair Todescatt negou a acusação, falou que a história não era essa, que a menina tinha problemas no relacionamento com a família e que o tinha procurado para falar sobre isso. Ao contrário da menor de 15 anos, quando foi chamada para o interrogatório confirmou as denúncias dos familiares. Ela afirmou que o padre tinha conquistado ela", disse Godoy.
Após a finalização do inquérito, ele será encaminhado à Justiça Estadual e pode ser aberto um processo criminal, caso o juiz avalie que realmente houve um crime de corrupção de menor. A pena é de um a cinco anos.
O bispo d. Gentil de Lazare, responsável pela Diocese de Sinop, falou que Todescatt é um cidadão e o caso está nas mãos da Justiça civil. "Ele é adulto e deve responder pelos seus atos. O que cabe à parte eclesial foi feito: ele foi afastado imediatamente do ministério ao sermos comunicados da denúncia. Após o resultado da decisão judicial, a Justiça canônica irá se posicionar sobre o caso", destacou.
O advogado da Mitra Diocesana de Sinop, Cláudio Alves Pereira, falou que a Igreja Católica dá credibilidade à palavra dos fiéis, ressaltando que a denúncia partiu da família da menina, que tem uma participação efetiva dentro da igreja.
"Tão logo chegou a denúncia dos pais que fazem parte da igreja, o bispo tomou a decisão do afastamento do padre. O que nos interessa é preservar a imagem da Igreja Católica. A igreja não tem vinculação com os atos do padre", explicou Cláudio Alves Pereira.
Conforme o advogado, Todescatt não é mais padre em exercício. Cláudio Alves Pereira ressaltou que a Mitra Diocesa de Sinop não forneceu advogado para o padre. "O inquérito policial não cabe a nós. Ele foi afastado e não sabemos onde ele está no momento", disse.
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