da Folha Online
A Procuradoria Regional da República acusa a ex-governadora do Rio Rosinha Matheus e o deputado estadual e ex-chefe de Polícia Civil Álvaro Lins (PMDB) de terem recebido doações ilegais de quadrilhas de máquinas caça-níqueis e do jogo do bicho, revela reportagem de Raphael Gomide publicada nesta segunda-feira (2) na Folha.
Rosinha é mulher do ex-governador Anthony Garotinho, denunciado na Operação Segurança Pública S/A, que levou à decretação da prisão de dez pessoas semana passada. A ação desarticulou um esquema de lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e corrupção.
As doações teriam ocorrido entre 2001 e 2002, ano em que Rosinha se elegeu governadora. Rosinha aparece como uma das maiores beneficiárias das contribuições não declaradas à Justiça, tendo recebido R$ 1,6 milhão na casa do "principal contador da máfia dos caça-níqueis e do jogo do bicho", segundo o Ministério Público Federal.
Álvaro Lins --preso quinta-feira e solto no dia seguinte por decisão do plenário da Assembléia Legislativa-- recebeu R$ 35 mil.
A assessoria de Rosinha negou as acusações. O advogado de Álvaro Lins não foi localizado pela reportagem da Folha.
Na semana passada, o TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região decretou a prisão de dez pessoas, e o Ministério Público Federal denunciou 16, incluindo o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho (PMDB).
Para a PF e a Procuradoria, Lins e Garotinho mantiveram um esquema com policiais corruptos que protegia os contraventores Rogério Andrade e Fernando Iggnácio na guerra pelo controle de caça-níqueis no Rio.
Segundo a PF, o grupo utilizava delegacias estratégicas, principalmente a de Proteção ao Meio Ambiente, para as ações.
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