Em sabatina promovida pela Folha nesta segunda-feira, o historiador britânico Simon Schama disse que a intolerância religiosa na Europa é enorme, o que diferencia o continente dos Estados Unidos.

Schama, que participou da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty) na última semana, é sabatinado no Teatro Folha, em São Paulo. No evento, ele responde perguntas de Sylvia Colombo, editora da Ilustrada, Rodrigo Rötzsch, editor de Mundo, Claudia Antunes e Rafael Cariello, repórteres da Folha, e da plateia presente no auditório do teatro.

"A questão da burca é um excelente exemplo de como a Europa não tem um senso comum do que é uma democracia compartilhada", afirmou, em referência à intenção do governo da França de proibir o uso da burca --vestimenta típica do islamismo que cobre todo o corpo da mulher, inclusive o rosto.

Ele afirmou que o presidente americano, Barack Obama, acredita em Deus e é muito sincero sobre sua cristandade. No entanto, ele sabe que os EUA são um lugar especial quando o assunto é religião porque está previsto na Constituição do país que o Congresso não pode fazer leis sobre religião.

"Nos Estados Unidos, Estado e Igreja são totalmente separados", disse Schama.

Autor do livro O Futuro da América, recém-lançado no Brasil. Schama, 64, já investigou em obras anteriores a Revolução Francesa, a história da arte e a da Inglaterra. No novo livro, ele busca retratar a transformação pela qual os EUA passam. O historiador viajou pelo país acompanhando os candidatos à Presidência e visitando sítios históricos.

O resultado, segundo definiu em entrevista à Folha, foi "uma tentativa perigosa de juntar reportagem contemporânea com análise histórica".

Fonte: Olhar Direto
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Eginoaldo

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