Os cristãos da Coreia do Norte são alvo de uma forte perseguição. O alerta é avançado pelo secretário geral da União Pontifícia Missionária - PUM, o Pe. Vito del Prete. “Os que podem fogem para a China”, indica. A somar a isto, “toda a população sofre com a fome, não tem condições de saneamento e está sujeita à opressão de um regime totalitário onde se negam os direitos humanos fundamentais”.

O Secretário geral considera os cristãos Sul coreanos, “uma forte minoria religiosa” e indica que eles “são chamados a evangelizar as estruturas político-sociais e económicas, e ser como Igreja sinal eficaz de comunhão”.

O Pe. Vito del Prete lembra a intenção missionária de Novembro, onde o Papa pediu orações para que na “Península Coreana cresça o espírito de reconciliação e de paz”.

Num comentário difundido pela Agência Fides, o Pe. Vito del Prete afirma que “os cristãos coreanos têm um grande papel a desempenhar”, nesta reconciliação.

Resultado da II Guerra Mundial e da Guerra da Coreia, a península encontra-se dividida entre Norte e Sul, “duas nações muito diferentes e por muito tempo hostis”, indica o sacerdote, “uma “comunista e filo-chinesa e outra capitalista e filo-americana”.

Depois da derrota do império japonês em 1945, a península separou-se numa área de ocupação soviética, a Norte do paralelo 38, e uma área de ocupação norte-americana, a Sul do paralelo 38, que ainda se encontram, formalmente em estado de guerra.

O padre del Prele recorda uma primeira aproximação entre Coreia do Norte e do Sul no ano 2000, quando, em Pyongyang, foi acolhido o presidente Sul-coreano Roh Moo-hyun, por colega seu Norte-coreano, Kim Jong Il, que desencadearam fortes esperanças de uma reconciliação nacional.

Mas esses sinais não se concretizaram, “especialmente, pela vontade da Coreia do Norte de investir em armas nucleares”, denuncia o Secretário geral.

O recente abandono do projecto nuclear “contribuiu para reanimar o processo de paz e de reconciliação”, mas este apenas será possível se as duas Coreias “deixarem de lado os seus interesses particulares o bem das respectivas populações, reconhecendo e respeitando os direitos fundamentais da pessoa humana”.

E é neste contexto que os cristãos têm de um grande papel a desempenhar. “Serão agora chamados a anunciar a unidade da família de Deus e a trabalhar pela reconciliação e a unidade desta população dividida e em conflito”, sublinha o Pe. Vito del Prete.

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Eginoaldo

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