O Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba adiou, por volta das 18h desta quinta-feira (8), o julgamento do processo que pede a cassação do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) pelo uso do Jornal A União.
O juiz Eleitoral, Nadir Leopoldo Valengo, pediu vistas ao processo, após quatro horas em meia de sessão, alegando a necessidade de aprofundar sua análise diante do voto do relator, Carlos Eduardo Lisboa, que pediu a cassação do mandato do governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e do seu vice, José Lacerda Neto (DEM). Além da inelegibilidade por três anos de Cássio e do superintendente do jornal A UNIÃO, Itamar Cândido, e aplicação de multa de 100 mil reais para os réus.
O julgamento, conforme anunciou o presidente do TRE, desembargador Jorge Ribeiro, volta à pauta na próxima segunda-feira.
O pedido de vistas veio logo após um dos advogados do governador suscitar uma questão de ordem alegando que a corregedoria ultrapassou, em seu voto, a análise da questão.
O advogado Fábio Andrade alegou que o pedido do Ministério Público não englobava as colunas políticas ou sociais do jornal, conforme destacou o relator na leitura do seu voto.
Lisboa acatou todas as denúncias do Ministério Público Eleitoral, alegando que houve promoção pessoal pessoal do governador, propaganda institucional e ainda que o Jornal A União teve potencialidade sim para alterar o resultado do pleito.
Em seu voto, Lisboa citou diversas colunas do jornalista Geovaldo Carvalho, onde, segundo o corregedor, só são exibidas características positivas do governo. Além, de ter contado mais de 200 fotos de Cássio na publicação durante o ano de 2006.
O corregedor chegou a comparar a União a TV estatal de Hugo Chaves, na Venezuela, onde existe um governo “totalitarista”, citando inclusive publicações do advogado Delosmar Mendonça.
Da redação
ClickPB
Fotos: Wallison Santos
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