O primeiro brasileiro casado a receber do Vaticano a autorização para se ordenar padre morreu no último domingo (04), no município de Vertentes, no sertão de Pernambuco. O padre José Cabral Falcão recebeu do papa João Paulo II a licença para renunciar ao matrimônio e seguir a vocação religiosa.


O pernambucano José Cabral Falcão trabalhou durante quase 30 como repórter nos principais jornais e revistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. Ele casou apenas no religioso com Maria das Graças, no Recife, em 1956. Teve dois filhos, mas logo abandonou a família para morar no Rio de Janeiro.

A religião passou a ser importante na vida dele quando o papa João Paulo I, ainda como cardeal, esteve no Brasil para rezar uma missa. José Falcão, como repórter fez a cobertura e ficou impressionado com a sensação de paz que o religioso transmitia.

Quando João Paulo I foi eleito papa, José Falcão começou a ter sonhos com ele, onde o papa pedia que ele fosse a missa, rezasse e se confessasse. Foi neste período que ele passou a ir a igreja e rezar.

O bispo dom Manuel Lisboa de Oliveira, de Nazaré da Mata, mandou uma carta ao papa João Paulo II, em 1985, pedindo que José Cabral Falcão fosse liberado dos compromissos do matrimônio para que pudesse ser ordenado diácono e sacerdote. A permissão veio no ano seguinte

Em 1986, José Cabral Falcão, foi ordenado padre, aos 53 anos, na cidade de Vertentes. A primeira paróquia dele foi na cidade de Nazaré da Mata. Depois foi transferido para o estado da Bahia e na cidade de Heliópolis ficou por 21 anos. Em 2005, ele foi licenciado para se tratar do Mal de Alzeheimer e resolveu voltar a morar na cidade de Vertentes, onde nasceu.
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Eginoaldo

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