O estudo, divulgado nesta segunda-feira, 25, pelo Fórum Pew para Religião e Vida Pública destaca-se pelo escopo, tendo entrevistado mais de 35 mil adultos.
Boa parte do estudo confirma resultados anteriores - as igrejas protestantes clássicas estão em declínio, as igrejas não filiadas às grandes denominações ganham espaço e a população sem filiação religiosa cresce - mas o trabalho lança um olhar mais profundo sobre essas tendências.
"A economia religiosa americana é como um mercado, muito dinâmico e competitivo", disse o diretor do Fórum Pew, Luis Lugo.
A pesquisa mostra que os EUA são 78% cristãos, e com a maioria protestante em 51% , mas caindo.
Mais de 25% dos adultos trocaram a fé dos pais por outra ou fé nenhuma, mostra a pesquisa. Se forem levadas em conta as transferências entre diferentes igrejas protestantes, a mobilidade chega a 44%. Um em cada quatro adultos alega não ter filiação com instituição religiosa.
Essa mobilidade religiosa beneficia o grupo dos sem filiação: o número de pessoas que entra na categoria supera o das que saem em três para um.
A maioria dos sem filiação - 12% da população total - descreve sua religião como "nenhuma em particular", e cerca de metade desses descrevem a fé como pelo menos um pouco importante. Ateus e agnósticos são 4% da população.
O catolicismo romano é a denominação que mais perde fiéis para outras igrejas. Cera de 30% dos americanos foram criados como católicos, mas menos de um quarto professam a religião na idade adulta. Isso significa que 10% dos adultos nos EUA são ex-católicos.
A parcela da população que se declara católica, no entanto, mantém-se constante graças à migração da América Latina: quase metade dos adultos católicos com menos de 30 anos são hispânicos.
O hinduísmo é a religião com maior retenção de fiéis: 84% das crianças criadas na fé mantêm-se nela quando atingem a idade adulta. A menor retenção é a das Testemunhas de Jeová, em 37%. A despeito disso, o grupo cresce rapidamente.
A proporção de americanos que se declara budista é maior que a de muçulmanos, e ambas as categorias têm, cada uma, menos de 1% da população adulta. Os judeus são 1,7%.
Fonte: Estadão
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