Encontrada pela Polícia Militar orando numa igreja evangélica situada no Parque Nove de Julho, em Bauru, Maria do Carmo Neri dos Santos, 32 anos, foi conduzida ao plantão da Polícia Civil ontem à noite, onde permaneceu presa sob acusação de, pouco antes, ter matado o companheiro Valdir Padilha da Silva, 43 anos, com um golpe à faca. Ele foi ferido na altura do pescoço durante uma briga na casa do casal, situada na quadra 1 da rua Sargento José dos Santos, na Vila Nova Esperança.
“Estava orando para ele não morrer. Nunca matei ninguém, só tentei me defender. Achei que ele fosse me matar”, contou ela à reportagem. De acordo com Maria do Carmo, Valdir a pegou pelo pescoço. Depois, caída no chão, ele a pressionava no peito com o joelho, conta. Quando conseguiu desvencilhar-se, pegou uma faca sobre a mesa e desferiu o golpe.
“Não pensei que ia matar, ele estava com um canivete. Achei que ele ia pegar a faca também. Ele me bate faz tempo”, disse ela. No entanto, Maria do Carmo nunca registrou qualquer ocorrência contra ele na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). “Eu gostava dele, por isso suportava. Faz quase seis anos que estamos juntos. Tentei levá-lo para a igreja. Ele se desviou duas vezes. Chegava em casa xingando de tudo, nunca colocava nada em casa”, falou a acusada também ao delegado de plantão, Roberto Cabral Medeiros.
Ainda de acordo com Maria do Carmo, Valdir fazia trabalhos eventuais. Já ela estava desempregada. “Ontem (anteontem), uma irmã me viu presa chorando atrás das grades, mas Deus é maior. Estou triste, mas não com medo”, afirma ela referindo-se a uma suposta clarividência. O caso foi registrado como homicídio, cuja pena prevista varia de seis a 20 anos de reclusão, informa o delegado Cabral, que atendeu a ocorrência.
Morte suspeita
Antes de registrar o homicídio, o delegado já havia elaborado outro boletim de ocorrência como morte suspeita. Valdir foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Pronto-Socorro Central (PSC), onde morreu. O PSC acionou a polícia. Já quem teria procurado o Samu foi o irmão dele, Valdecir Santos, que estava na casa do casal no momento em que o Valdir foi golpeado.
“Meu cunhado sabia dos desentendimentos, mas falava que em briga de marido e mulher não colocaria a colher. Desta vez, ele não viu. Ele me ajudou a prestar socorro”, conta Maria do Carmo. Ao delegado Cabral, Valdecir confirmou que os conflitos eram constantes e que, por conta disso, não deu importância.
Ele estava tomando banho quando Maria do Carmo pediu ajuda, contou ao delegado. A vítima já estava ensangüentada. A acusada seria conduzida à cadeia pública de Avaí. Com o caso de ontem, o total de homicídios registrados neste ano em Bauru sobe para dez. O último havia sido de Benedito Aparecido Rocha, 23 anos, morto com dois tiros, um na nuca e outro na face. O jovem teria sido cercado por três indivíduos no Parque Jaraguá.
Fonte: Jcnet
“Estava orando para ele não morrer. Nunca matei ninguém, só tentei me defender. Achei que ele fosse me matar”, contou ela à reportagem. De acordo com Maria do Carmo, Valdir a pegou pelo pescoço. Depois, caída no chão, ele a pressionava no peito com o joelho, conta. Quando conseguiu desvencilhar-se, pegou uma faca sobre a mesa e desferiu o golpe.
“Não pensei que ia matar, ele estava com um canivete. Achei que ele ia pegar a faca também. Ele me bate faz tempo”, disse ela. No entanto, Maria do Carmo nunca registrou qualquer ocorrência contra ele na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM). “Eu gostava dele, por isso suportava. Faz quase seis anos que estamos juntos. Tentei levá-lo para a igreja. Ele se desviou duas vezes. Chegava em casa xingando de tudo, nunca colocava nada em casa”, falou a acusada também ao delegado de plantão, Roberto Cabral Medeiros.
Ainda de acordo com Maria do Carmo, Valdir fazia trabalhos eventuais. Já ela estava desempregada. “Ontem (anteontem), uma irmã me viu presa chorando atrás das grades, mas Deus é maior. Estou triste, mas não com medo”, afirma ela referindo-se a uma suposta clarividência. O caso foi registrado como homicídio, cuja pena prevista varia de seis a 20 anos de reclusão, informa o delegado Cabral, que atendeu a ocorrência.
Morte suspeita
Antes de registrar o homicídio, o delegado já havia elaborado outro boletim de ocorrência como morte suspeita. Valdir foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Pronto-Socorro Central (PSC), onde morreu. O PSC acionou a polícia. Já quem teria procurado o Samu foi o irmão dele, Valdecir Santos, que estava na casa do casal no momento em que o Valdir foi golpeado.
“Meu cunhado sabia dos desentendimentos, mas falava que em briga de marido e mulher não colocaria a colher. Desta vez, ele não viu. Ele me ajudou a prestar socorro”, conta Maria do Carmo. Ao delegado Cabral, Valdecir confirmou que os conflitos eram constantes e que, por conta disso, não deu importância.
Ele estava tomando banho quando Maria do Carmo pediu ajuda, contou ao delegado. A vítima já estava ensangüentada. A acusada seria conduzida à cadeia pública de Avaí. Com o caso de ontem, o total de homicídios registrados neste ano em Bauru sobe para dez. O último havia sido de Benedito Aparecido Rocha, 23 anos, morto com dois tiros, um na nuca e outro na face. O jovem teria sido cercado por três indivíduos no Parque Jaraguá.
Fonte: Jcnet
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