O Núncio Apostólico no Brasil, representante do Papa Bento XVI, Dom Lorenzo Baldisseri, criticou o uso de embriões em pesquisas com células-tronco durante a missa de encerramento da Festa da Penha, que reuniu cerca de 30 mil pessoas nesta segunda-feira (31), na Prainha, em Vila Velha. As críticas foram feitas durante a homilia, após a leitura do Evangelho.
“A Ciência já deu respostas suficientemente claras sobre o início da vida do ser humano e a legislação deve respeitar esses resultados se quiser cumprir com honestidade a sua função social e política. O início da vida é na concepção ou fecundação. Não se trata de um assunto religioso, é científico. O embrião humano é uma vida humana, é um ser humano”, disse.Falando diretamente sobre o aborto, o representante do Papa fez questão de dar exemplos da vida de santos populares da Igreja Católica.
"Todos os santos que veneramos tiveram uma mãe, como Santo Antônio, São Francisco, Madre Tereza de Caucutá e Frei Galvão. Imagine se elas tivessem negado a maternidade neste plano providencial. Imagine se Maria tivesse negado o chamado do anjo", disse Dom Lorenzo, se referindo ao aborto.
Polêmica entre os fiéis
Após as palavras proferidas pelo Núncio Apostólico, houve quem concordasse e fosse contra a postura da Igreja Católica quanto ao polêmico assunto. A empresária Alessandra Melo, de 35 anos, defendeu o que foi dito por Dom Lorenzo Baldisseri.
“Eu concordo sim com ele, eu acredito que a partir do momento que acontece a fecundação ali já há vida, então o ser humano não tem o direito de tirar. E a Igreja Católica defende tanto o espermatozóide como o óvulo, que também não é a favor de matar”, frisou Alessandra.
A opinião da empresária não era a mesma de todos os fiéis no evento. Para o técnico em eletrônica, Felipe Petronetto, de 24 anos, nem sempre é possível concordar com as opiniões da Igreja.
“Sou católico, só que discordo de algumas diretrizes da Igreja. Procuro seguir, mas nesse caso das células-tronco, acho importante o trabalho da Ciência e se for para salvar mais vidas, acho que a Igreja deveria rever a questão”, defendeu.
Fonte: Gazeta Online
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