A ONG Repórteres sem Fronteiras, que desde 1985 atua internacionalmente em defesa da liberdade de imprensa, manifestou preocupação com o excesso de ações judiciais em nome de fiéis da Igreja Universal contra jornais brasileiros.

"A liberdade de imprensa implica, evidentemente, dar a possibilidade a qualquer pessoa que se considere injuriada ou difamada de reclamar. Mas uma coisa é protestar, outra muito diferente é incorrer numa autêntica perseguição judicial. Por que razão a Igreja Universal do Reino de Deus não iniciou, como pessoa moral, processo único contra cada um dos diários?", afirma a nota.

O texto diz ainda que a "multiplicação de ações individuais parece obedecer a uma verdadeira estratégia de assédio contra a mídia. O argumento religioso não tem nenhum valor no litígio que opõe a Iurd à Folha de S.Paulo. Expressamos todo o nosso apoio aos três jornais em causa [Folha, "A Tarde" e "Extra"]". A Folha é processada por 58 fiéis da igreja.

A Iurd entrou com ação contra o "Extra" e a jornalista Gabriela Moreira pela divulgação de uma sentença da Justiça goiana condenando a igreja a devolver doação feita por uma fiel e a pagar R$ 10 mil em indenização.

A igreja considerou o conteúdo da matéria difamatório e pede uma indenização por danos morais. O "Extra" noticiou o caso em que Gilmosa dos Santos doou um carro à igreja a pedido da filha, Edilene, que teria sido coagida a fazer a doação. Cabe recurso à decisão.

Fonte: Folha

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Eginoaldo

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