O juiz estadual Alessandro Leite Pereira, de Bataguaçu (MS), condenou Carlos Alberto Lima, fiel da Igreja Universal do Reino de Deus, à pena de litigância de má-fé por entender que, mesmo sem legitimidade, iniciou uma ação contra a Empresa Folha da Manhã S.A., que edita a Folha, pedindo indenização por danos morais.

"A postura adotada pelo autor [...] demonstra a existência de inquestionável má-fé, pois deturpa o conteúdo da reportagem para, inserindo-se individualmente nela, buscar indevidamente o recebimento de valor indenizatório", informou o juiz em decisão anteontem.

Lima e outros fiéis da Iurd moveram ações simultâneas alegando terem se sentido ofendidos pela reportagem "Universal chega aos 30 anos com império empresarial", publicada pela Folha em 15 de dezembro. No texto, a repórter Elvira Lobato relatou que a Universal construiu um conglomerado empresarial.

Para os fiéis, a reportagem "insinuou" que os membros da Iurd são inidôneos e que o dízimo pago por eles é produto de crime. Disseram ainda que ouviram gozações de conhecidos.

"Se o autor está sendo vítima de chacotas de terceiras pessoas (...), é contra estas pessoas que o demandante deve direcionar a demanda", escreveu o juiz. Segundo ele, Lima não tem legitimidade por não ter sido citado na reportagem. O juiz aplicou multa e condenou o fiel a pagar custas, despesas e honorários, que arbitrou em R$ 800. Cabe recurso
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Eginoaldo

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