Ministério Público quer sabe qual a ligação do atleta com líderes da igreja.
Solicitação da justiça brasileira teria sido enviada à Procuradoria Geral de Milão.
A Igreja Apostólica Renascer em Cristo, liderada pelo casal Estevam e Sônia Hernandes, informou por meio de nota, nesta segunda-feira (14), que vai apelar para reverter o pedido de interrogatório ao jogador Kaká, do Milan. A igreja diz que a solicitação foi feita pelo promotor Marcelo Batlouni Mendroni, da 1ª Vara Criminal de São Paulo, e enviada à Procuradoria Geral de Milão em 14 de setembro de 2007. O Ministério Público não confirma o pedido.
Kaká teria recebido os Hernandes em suas casas de São Paulo e Milão, além de pagar o dízimo, com valores anuais que chegam aos R$ 2 milhões. A Promotoria quer saber qual a ligação do atleta com os líderes da Renascer.
A nota disse ainda que a Igreja Renascer prepara uma representação judicial contra o promotor. O Ministério Público Estadual informou ao G1 que até esta segunda-feira (14) não havia conseguido confirmar a solicitação de pedido de interrrogatório com o promotor.
Em dezembro, o jogador entregou à Renascer o troféu de melhor jogador do mundo em 2007, concedido pela Fifa. Kaká e a mulher, Caroline Celico, estiveram na sede da igreja, na Avenida Lins de Vasconcelos, na Zona Sul de São Paulo, na passagem do ano. Além do prêmio, de acordo com a assessoria da Renascer, o jogador foi ao culto agradecer pelo filho que o casal espera.
Prisão nos EUA
Os Hernandes foram presos no dia 9 de janeiro de 2007 no Aeroporto de Miami depois de tentar passar na alfândega com US$ 56,5 mil, apesar de terem declarado apenas US$ 10 mil. Ficaram presos durante dez dias, pagaram fiança e conseguiram liberdade assistida, monitorada pela polícia por tornozeleiras eletrônicas. A Justiça também determinou que o dinheiro apreendido não seja devolvido aos fundadores da Renascer.
Em audiência em 8 de junho, Estevam e Sônia se declararam culpados dos crimes de evasão de divisas e formação de quadrilha para violar a lei. Na ocasião, Sônia chegou a chorar durante a audiência.
No Brasil, o casal de fundadores da Renascer, Estevam e Sônia Hernandes, também respondem a processos por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e estelionato. Eles chegaram a ter a prisão preventiva decretada em São Paulo.
fonte: G1
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