Professor da Universidade de Stanford faz previsões com base em matemática.
Entre os que levam em conta suas 'visões' está o presidente dos EUA, George Bush.

Já na Bíblia, são inúmeros os relatos de profecias; ainda hoje, o mundo discute o valor de profecias feitas no século XVI por um francês chamando Nostradamus.

Mas é possível prever o futuro através de equações matemáticas, sem um poder adivinhatório? Um pesquisador da universidade de Stanford diz que sim.


1) Aproxima-se um milagre econômico na América Latina.

2) Hugo Chávez não será o novo Fidel Castro: em breve, deixará a presidência da Venezuela.

Essas não são afirmações psicografadas, não apareceram nos búzios nem em bola de cristal; também não são a mera opinião de um iluminado professor americano.

Bruce Bueno de Mesquita – que, apesar do nome, só tem parentes distantes no Brasil – é professor das universidades de Stanford e de Nova York, e faz previsões com base numa série de equações matemáticas desenvolvidas ao longo de 30 anos.

Equações

Longas matrizes respondem às perguntas feitas pelo cientista. De acordo com a CIA, Bruce Bueno de Mesquita e seu programa de computador acertam 90% das previsões.

“Não uso bola de cristal, Deus não fala nos meus ouvidos e minhas previsões podem dar errado. O que faço é ciência, não é algo misterioso. Eu não sou Nostradamus”, diz o professor.

A influência daquele que – mesmo sob protestos – é, sim, comparado a Nostradamus se estende ao salão oval da Casa Branca. O que ele diz à secretaria de Estado, Condoleezza Rice – com quem acaba de escrever um livro – costuma ser levado em conta pelo presidente George W. Bush.

O matemático, assim como o personagem do filme "Uma mente brilhante", baseia-se num conjunto de premissas e equações conhecidas como Teoria dos Jogos. Há mais de 60 anos, os criadores da teoria concluíram que qualquer fato pode ser traduzido em números, desde que seja feita uma coleta de dados precisa e que todas as informações que podem influir sobre um determinado cenário sejam levadas em conta.

Venezuela

Bruce explica que a ciência está em criar valores para fatos, instituições e indivíduos, como fez recentemente com o presidente da Venezuela. “Eu já transformei Chávez em números. Fiz uma análise recentemente que mostra que vai haver um aumento no nível de democracia na Venezuela a partir de 2008”, prevê. Os cálculos do matemático indicam que Hugo Chávez teria apenas duas alternativas: “ou ele entrega o poder candidamente ou foge do país pra escapar da prisão”.

As equações matemáticas anunciam também um futuro com menos populismo, mais democracia e menos corrupção nos países da América Latina. Independentemente de partido político, os governos tenderiam a ser cada vez mais democráticos.

'Milagre latino-americano'

Se não houver imprevistos e se as previsões do matemático se confirmarem, veríamos, em breve, um milagre econômico na América Latina. “Acho que assim como aconteceu o milagre asiático, vai haver o milagre latino-americano. A América Latina vai ser a região mais dinâmica do mundo nos próximos dez a 20 anos por causa da melhora na administração pública – que melhora tudo: libera as pessoas para fazerem novos empreendimentos, atrai investimentos, e grandes coisas acontecem”, afirma.

Será apenas otimismo ou puro matemática? “É otimismo baseado em matemática, baseado na lógica sobre quais são as conseqüências das escolhas que as pessoas fazem".

fonte: G1
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Eginoaldo

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