Presidente da Federação Portuguesa de Naturismo fala ao G1.
Para ele, 'vergonha é fazer maldade, não ficar pelado'.


Foto: Marília Juste/G1
Congresso Internacional de Naturismo ocorre na praia de Tambaba (Foto: Marília Juste/G1)

“Se Deus nos criou à sua imagem e semelhança e nós nascemos nus, não há vergonha nenhuma nisso. Se fosse errado, ele certamente teria nos dados roupas.” É assim que o presidente da Federação Portuguesa de Naturismo defende a prática da “perseguição” de religiosos que acreditam que andar pelado é uma vergonha.

“Eu acredito que vergonha é fazer maldade, não ficar pelado”, afirmou Laurindo Correia ao G1. “Andar nu, como nós fazemos, certamente não tem nada de mal”, acredita.

Correia organiza um grupo de 1.300 naturistas filiados, que freqüentam seis praias públicas exclusivamente naturistas. Parece pouco? Pois compare: o Brasil, que é muito maior, tem oito praias naturistas – apenas duas a mais. O número de filiados na federação brasileira é de 2.500, de acordo com seu presidente, Elias Pereira.

Apesar da “defesa”, ele afirma que não existe, em Portugal, uma guerra aberta entre religiosos e naturistas. “Há um conflito de princípios. Eles acham que é pecado. Mas foi só depois de pecar que o homem se cobriu. Éramos puros quando andávamos nus”, afirma.


Correia acredita que a comunidade portuguesa e brasileira de naturistas é muito parecida. “Temos a mesma origem”, diz ele. E brinca: “Primeiro os portugueses vieram aqui e tentaram vestir os brasileiros. Agora estamos voltando para ficarmos pelados juntos”, ri.

Laurindo Correia é um dos delegados da Federação Internacional de Naturismo presente ao 31º congresso do grupo, realizado na praia de Tambaba, no município paraibano de Conde. O encontro é o primeiro já feito fora da Europa e dos Estados Unidos. São esperadas quatro mil pessoas nos quatro dias de evento, que termina na sexta-feira (12).

Fonte: G1

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Eginoaldo

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