O téologo Anselmo Borges entende que subsistirão as dúvidas relacionadas com as razões da existência de um Big Bang mesmo após as experiências com o acelerador de partículas. Ainda assim, este estudioso mostrou-se «fascinado» com estas experiências.
O teólogo Anselmo Borges considera que será muito importante que se possa descobrir a chamada “partícula de Deus” nas experiências que estão a ser feitas no CERN, em Geneva, com o acelerador de partículas.
Contudo, em declarações à TSF, este estudioso entende que a dúvida sobre as razões da existência de um Big Bang permanecerá, se bem que, lembra o teólogo, a experiência «permitirá compreender melhor o universo próximo do Big Bang».
«Aí é que volta sempre a pergunta: o mundo cria-se a si mesmo, explica-se por si mesmo ou, pelo contrário, tem na sua raiz no seu fundamento, um Deus pessoal, transcendente, criador?», questionou.
Anselmo Borges mostrou-se «fascinado» com estas experiências e disse mesmo esperar que elas resultem, pois o «crente quer que a ciência avance o mais possível».
«Faço um apelo a Deus. Aliás, o Deus no qual eu acredito é o Deus que nos dá a inteligência para que nós aprofundemos o mundo, os conhecimentos, a realidade a nível científico. Estou absolutamente entusiasmado com esta experiência em curso», adiantou.
Este professor de Filosofia fez ainda questão de notar que o plano da religião e da ciência são planos à parte, uma vez que a «ciência por si não demonstra a existência de Deus, mas também não nega a existência de Deus».
«A ciência não é crente nem é ateia. É pura e simplesmente ciência e portanto quer crentes, quer não crentes vão para a ciência com métodos científicos», concluiu.
Fonte: http://tsf.sapo.pt
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