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ASSUNÇÃO, 28 ABR (ANSA) - O ex-presidente da Conferência Episcopal Paraguaia (CEP) monsenhor Claudio Jiménez disse que o ex-bispo e presidente do país, Fernando Lugo, deve considerar a possibilidade de se casar, como forma de "aquietar as águas", após três mulheres afirmarem ter filhos com o mandatário.
Em entrevista ao canal local Telefuturo, Jiménez, que é bispo da diocese de Cordillera, uma das mais importantes do país, aconselhou que Lugo deve pensar "na possibilidade de se casar, de formar um lar".
"É muito possível que isto também tranquilize ele mesmo e, no fim, irá aquietar as águas", recomendou o ex-presidente da CEP.
Segundo o bispo, mesmo com "muitos boatos", a instituição não recebeu nenhuma denúncia contra Lugo, ao contrário do que o bispo do Alto Paraná, monsenhor Rogelio Livieres, afirmou dias atrás, de que o episcopado conhecia "detalhes" da situação do presidente.
A Conferência emitiu, por sua vez, um comunicado desmentindo e assegurando que nunca recebeu nenhuma denúncia contra o ex-bispo.
No último dia 13, o mandatário reconheceu a paternidade de um menino de dois anos, proveniente de uma relação que teve Viviana Rosalith Carrilo, de 26 anos, enquanto era bispo emérito em São Pedro.
"É certo que tive uma relação com Viviana Carrillo, assumo todas as responsabilidades, reconhecendo a paternidade do menino", anunciou o presidente durante uma coletiva de imprensa.
Na semana anterior, dois advogados apresentaram um processo de filiação em nome de Carrillo, a qual desmentiu a história.
Desde então, outras duas mulheres disseram que também tiveram um filho com o governante. Uma delas, Damiana Hortensia Morán, alegou que ele teria filhos com mais três mulheres. Assim, o presidente paraguaio poderia ser pai de seis crianças.
Em 2006, Lugo apresentou sua renúncia ao cargo religioso para concorrer às eleições presidenciais do país, já que a Constituição paraguaia não permitia que ministros religiosos exercessem cargos públicos.
Na ocasião, o Vaticano repudiou a decisão e lhe aplicou a suspensão "a divinis" (condição em que o deixou como bispo, mas sem poder exercer suas funções na diocese). (ANSA)
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Eginoaldo

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